domingo, 4 de julho de 2010

Sobre os conhecimentos teórico e prático.

Percebo que há uma sutil diferença entre uma pessoa com conhecimento puramente teórico e outra com o puramente prático. Me parece, pelo que percebi durante minha (jovem) vida, que a prática fundamentaliza a teoria em nossa mente. Há uma espécie de fixação do conhecimento teórico quando faz-se uso da prática, da aplicação por assim dizer. Mas não me cabe pensar que podemos pular a parte teórica da vida e percebi, das pessoas que conheci e que se baseiam no conhecimento puramente prático, muita perda de tempo. Dúvidas em questões que, com o estudo um pouco mais cuidadoso da teoria, seriam sanadas, ou resolvidas com velocidade não imaginada por aquelas pessoas.
O que vejo de comportamento típico (e entenda por "típico" um conjunto aberto e denso dentro do todo) é que as pessoas tomam decisões porque deram certo ou as mudam porque deram errado na vez anterior. Um comportamento praticamente de tentativa-e-erro que, diga-se de passagem, pode ser muito eficaz quando um grupo grande toma várias decisões e escolhe as melhores por esse método. Porém, o caso é que o número de decisões tomadas no dia-a-dia de apenas um indivíduo não faz com que o método de tentativa-e-erro seja o melhor caminho no longo prazo. É aí que entra a necessidade, ao meu ver, de estudarmos e entendermos a teoria, pois praticando esse conhecimento ficaremos aptos a tomar as melhores decisões na maioria das vezes. Isso não significa que acertaremos sempre, mas devemos pensar no longo prazo.
Logo, para sermos capazes de acertar mais do que errar ou de ter um comportamento com retorno acima da média, ambos conhecimentos são necessários, o teórico e o prático.
E aqui surge um problema: o fechamento mental para discussões em que o assunto é puramente teórico. Digo isso pois, tipicamente, um raciocínio não simplista em que envolva mais de duas frases se torna complexo demais. Não que o seja, mas parece complicado para a maioria das pessoas, lembrando que isso não é estatística, é observação (talvez tendenciosa pelo meio em que vivo). Usando um raciocínio que ouvi numa entrevista da Maridu Mayrinck, "calma, não se empolgue nem desista por resultados de curto prazo, estude e pratique".

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